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A nuvem é uma representação para internet ou infraestrutura de comunicação entre os componentes arquiteturais, baseada na abstração de infraestrutura (SILVA, 2010). A computação em nuvem é uma tecnologia que provê acesso à diversos recursos computacionais, incluindo servidores, redes, software, e etc. via internet.

Basicamente, os provedores de serviços de nuvem possuem datacenter enormes, que, por sua vez possuem centenas de servidores, sistemas de armazenamento e, componentes essenciais para organizações em geral e, são disponibilizados para as empresas via internet.

Dentre as plataformas de nuvens disponíveis no mercado, destacamos a Azure, da empresa Microsoft. O Azure, ou Microsoft Azure, foi anunciado primeiramente em Outubro de 2008, e lançado comercialmente apenas em Fevereiro de 2010, sendo uma plataforma de serviços baseados em nuvem da empresa.

Atualmente contando com mais de 600 serviços disponíveis para negócios, desenvolvedores, agências governamentais ou qualquer um que queria construir um empreendimento ou aplicativo sem ter que lidar com a instalação, e gerenciamento de hardware ou software.

Além de todos os recursos de Infraestrutura como serviço (Iaas), há também diversas opções de Plataforma como serviço (Paas) e Software como serviço (SaaS), permitindo que as empresas acessem produtos baseados em nuvem sem ter que gerenciar um servidor. Por exemplo, você pode criar um site sem ter que se preocupar em configurar, ou manter atualizado o sistema operacional, sendo ele Windows ou Linux. É o segmento da Microsoft que mais tem crescido nos últimos anos, ultrapassando até o Windows e Office, em questão de receita.

Inclusive, uma curiosidade presente no próprio site da plataforma¹ , é que mais de cinquenta porcento de todos os recursos de computação do Azure atualmente são Linux.

Os recursos dos IaaS, PaaS e SaaS estão exemplificados na figura 1, que especificam as particularidades que cada um oferece, sendo o IaaS, ou infraestrutura como serviço, oferece recursos de infraestrutura sob demanda, como servidor, storage, rede, e etc.

Já o PaaS, ou plataforma como serviço, são ferramentas de hardware, e software construídos em cima da IaaS, que reduzem a necessidade da administração de sistema, e permite que os usuários foquem no desenvolvimento aos invés do gerenciamento da infraestrutura.

O SaaS, ou Software como serviço, é exatamente isso, o software já disponibilizado como um serviço pelo provedor de nuvem.

Figura 1: Especificações do IaaS, PaaS e SaaS.

Falando nas responsabilidades de cada modelo, temos primeiramente o ambiente On-Premisses, onde ela fica toda com o cliente, uma vez que é o cenário onde os equipamentos físicos são pertencentes ao mesmo, assim como os sistemas operacionais, aplicações, identidades, e etc.

Passando para o cenário de IaaS, a responsabilidade dos hosts, redes, e datacenters físicos passam a ser da Microsoft ou do provedor de nuvem, e o restante continua sendo responsabilidade da organização, conforme demonstrado na figura 2.

No modelo de PaaS, o sistema operacional é adicionado nas responsabilidades da Microsoft. O controle de rede, identidade, domínio, e aplicação são divididos entre a Microsoft, e o cliente.

Já no modelo SaaS, além do sistema operacional, a aplicação, e o controle de rede são adicionados na lista de responsabilidades da Microsoft, sendo dividido ainda com o cliente a questão de identidade, e domínio.

Figura 2: Responsabilidades dos serviços de nuvem. https://learn.microsoft.com/en-us/azure/security/fundamentals/shared-responsibility.

É seguro?

A Microsoft conta com mais de três mil especialistas em segurança cibernética para ajudar a proteger os dados de qualquer negócio no Azure. A central de segurança da plataforma também permite que o cliente tenha acesso a ‘insights’ com mais profundidade, além de proteger as cargas de trabalho.

Os controles de segurança são internos, multicamadas e integrados aos componentes de firmware e hardware, fornecidos em data centers físicos, infraestruturas e operações. Conta também com uma inteligência contra ameaças, tornando não só possível a detecção de ameaças que estão evoluindo rapidamente, mas também se proteger delas.

A infraestrutura global do Azure

Sobre a infraestrutura global do Azure, ela é composta por dois componentes principais, a infraestrutura física, e os componentes de rede. A parte física é composta por mais de 200 datacenters atualemten, que são organizados entre regiões, e interligados por uma das maiores redes do planeta. Com isso, cada um dos datacenter do Azure fornece alta disponibilidade, baixa latência e escalabilidade.

É possível visualizar os datacenter pelo mundo no site interativo² (Figura 3) desenvolvido pela Microsoft.

Figura 3: Datacenters Azure pelo Globo Terrestre.

Além disso, também é possível realizar um tour virtual, podendo entrar no lobby, na sala de operações, na área mecânica, na sala de servidor, e até na sala de redes, também pelo site da Microsoft³. (Figuras 4 e 5).

Figura 4: Visualização interativa de um datacenter Azure.

Figura 5: Visualização interativa da Sala de operações de um datacenter Azure.

O Azure possui diversas regiões, sendo uma região do Azure um conjunto de datacenters implantados dentro de um perímetro de latência definida, conectados por uma rede regional dedicada de baixa latência. Cada região do Azure possui preço, e disponibilidades de serviços diferentes.

As ‘geográfias’ do Azure são um mercado discreto, que normalmente possui uma ou mais regiões, que preserva os limites de conformidade e de residência de dados. Essas geografias permitem que clientes com necessidades específicas de conformidades mantenham seus dados e aplicações mais próximas de si. As geográfias são tolerantes a falhas para suportar falhas completas de regiões, por meio de sua infraestrutura de rede de alta capacidade.

Dentro das regiões Azures existem zonas de disponibilidade, que são localizações físicas exclusivas dentro de uma região do Azure e oferecem alta disponibilidade. E cada zona é composta por um ou mais datacenter.

Já a rede global do Azure se refere a todos os componentes da rede, que é composta pela rede global de longa distância (WAN) da Microsoft, pontos de presença (PoPs), fibra e outros.

Vantagens da nuvem

Uma das principais vantagens de serviços de nuvem, é o seu método de pagamento, conhecido como Pay-as-you-go, ou pague conforme o uso, que é um modelo de preços baseado no consumo. Basicamente, você pagará apenas o que estiver utilizando da plataforma. Além disso, temos escalabilidade sob demanda, data backup (Backup de dados) e disaster recovery (Recuperação de desastres), rápida implementação, atualização automática de hardware, e mais.

O Microsoft Azure é capaz de se adaptar as diversas mudanças de necessidade dos negócios. Seus recursos são flexíveis, e podem funcionar tanto com escalabilidade manual ou automática, com base na utilização desse recurso.

O Azure oferece a realização de backup com “single-click” para bancos de dados do SQL, e para máquinas virtuais. E em casos de problemas, ou perda de dados, o Azure consegue recuperar os dados cerca de sessenta e seis porcento mais rapidamente do que uma ferramenta “on-premisses”.

Grande parte dos recursos e serviços disponíveis na plataforma são criados, ou implementados de forma rápida, sendo possível criar um servidor virtual, configurar sua rede, e utiliza-lo em menos de 10 minutos.

O Portal Azure

Através do portal do Azure4 (Figura 6) é possível gerenciar, e exibir, todos os aplicativos, bancos de dados, máquinas virtuais, e recursos da inscrição. Também é possível utilizar as linhas de comando do Cloud Shell.

Figura 6: Página inicial do Portal do Azure.

A criação de recursos pelo portal é intuitiva, e rápida. Ao clicar em “Criar um recurso” a página é carregada e mostra os serviços mais populares, bem como as categorias gerais.

Figura 7: Portal Azure - Criar um recurso

Após selecionar o recurso desejado, algumas informações são solicitadas como por exemplo o “Size” em casos de criação de máquina virtual, que seriam os recursos de memória de processador, em alguns recursos os valores previstos também são exibidos. Ao finalizar, o portal permite que as informações sejam revisadas, e o recurso é criado em poucos minutos.

Figura 8: Informações solicitadas em nova máquina virtual.

Após a criação de qualquer recurso, seu gerenciamento também é intuitivo. Na tela inicial (Figura 9) os recursos acessados recentemente serão mostrados. Também é possível utilizar a barra de pesquisa para acessar qualquer recurso já pré definido, bem como outros que o próprio portal disponibiza.

Figura 9: Portal Azure, recursos recentes.

Ao buscar, e selecionar o recurso desejado, logo na primeira tela (Figura 10) serão mostradas diversas informações importantes sobre aquele recurso. No caso do exemplo de máquina virtual, teremos o nome da máquina virtual, o status, o sistema operacional, os recursos de memória e CPU, a localização, o nome DNS, o IP público, se existente e, etc..

Figura 10: Portal Azure. Máquina virtual, página do recurso.

Ainda no portal, também é possível visualizar todas as suas inscrições, e acompanhar os gastos por períodos de tempo, além disso, pode-se criar alertas a serem recebidos quando determinado valor for atingido, assim evitando qualquer gasto desnecessário, ou que não era esperado.

Conclusão

A computação em nuvem cresce cada vez mais no cotidiano das empresas e usuários comuns, sendo de certa forma, indispensável no armazenamento das informações de forma segura e prática. Esse modelo de serviço traz diversos benefícios, como flexibilidade e dinamismo, além de um grande apelo econômico. O Azure, sendo um dos principais e mais confiáveis provedores de serviços de nuvem atualmente, está sempre em desenvolvimento, e buscando inovação.